sábado, 14 de dezembro de 2013

GAÚCHO ARREPENDIDO.

GAÚCHO  ARREPENDIDO


Um gaúcho entra na delegacia de polícia em Uruguaiana e dirige-se ao delegado:
     - Vim me entregar, cometi um crime e desde então não consigo viver em paz.
     - Tchê, - disse o delegado, - as leis aqui são muito bravas e são cumpridas e se tu és mesmo culpado, não terá apelação nem dor de consciência que te livre da cadeia, mas fala...
     - Atropelei um petista na estrada BR-472, perto de Itaqui.
     - Ora, xirú, como tu podes te culpar se estes petistas atravessam as ruas e as estradas a todo tempo?
     - Mas o vivente estava no acostamento.
     - Se estava no acostamento é porque queria atravessar; se não fosse tu, seria outro qualquer.
     - Mas não tive nem a hombridade de avisar a família daquele coitado, sou um porqueira!
     - Bueno, se tu tivesse avisado haveria manifestação, repúdio popular, passeata, repressão, pancadaria e morreria muito mais gente. Acho o senhor um pacifista, merece uma estátua.
    - Mas, senhor delegado, eu enterrei o coitado ali mesmo, na beira da estrada.
    - Tá provado, tu és um grande humanista... enterrar um petista... és um benfeitor. Outro qualquer o abandonaria ali mesmo para ser comido por urubus e outros animais, provavelmente até hienas.
    - Mas enquanto eu o enterrava, ele gritava: estou vivo, estou vivo!
    - Garanto que era mentira dele. Esses petistas mentem o tempo todo. Você não viu no caso do mensalão?

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